AOI HITORIGOTO (Artigos de Shige) # 1

Fonte em inglês: [info]hadaka_johnnys

Este foi o primeiro artigo que Shige escreveu na revista Myojo, e que passou a ser algo mensal, quanto aos temas... podem ser sobre qualquer tipo de assunto. O primeiro tem como titulo:

#1
(07/2006) - "Porta"

A minha cidade natal é uma típica cidade de suburbios, a estação de comboios mais próxima tem o kanji "yama" nele [Nota: é muito comum em sítios Japoneses, quer ele dizer que a cidade natal dele é muito comum] e não há nada de espectacular nisso. Ela tem um considerável conjunto de cabeleireiros e salões de beleza modernos, com uma boa atmosfera. Então é de esperar que toda a gente seja estilosa e bonita, mas nesse aspecto a cidade deixa muito a desejar. Ao se sair do portão dos bilhetes [da estação de comboios], estende-se uma rua que tem um fruto como nome à tua esquerda, e o número de salões de beleza aumentam consideravelmente. Há um especial salão de beleza com uma janela de vidro cheia de estilo. Há uns anos atrás, finalmente, decidi ler as palavras que nela continham.

"Os clientes são Deuses!"



(Imagem postada por mim, para não ser só texto)

Estava a ir tarde para casa nesse dia, e por mero acaso reparei nas enormes palavras escritas numa placa branca espalhada no meio da loja. A pessoa que escreveu aquelas letras caóticas, cheias de personalidade, no placar, foi um velho senhor com o cabelo e bigode branco que pareceu ser o dono da loja. Estava a usar uma camisola branca com um colar por cima e umas calças de ganga... mas ainda assim, deu aquela impressão de 'bad boy'. E essa pessoa fez-me pensar que o tempo tinha parado na era Showa [1925-1989]. Em frente de tantas pessoas estilosas, ele não se irritou, não discutiu, continuou a falar muito amavelmente. Não pareceu com vontade de voltar a adicionar coisas no placar branco... Para mim, ele era cómico.
Mas, o que é que quer dizer, um placar branco num salão de beleza?
Normalmente, são escritos pelos jovens cabeleireiros aprendizes, que ficam a praticar até mais tarde, depois de fecharem a loja. E primeiro que tudo, toda a gente conhece o ditado popular por esta altura [ou seja, é um erro um pouco parvo], e não há necessidade de o escrever agora.
Não costumam confundir 神様 com 髪さま? [Nota: Ambas as palavras se dizem da mesma maneira - "kami-sama". A primeira quer dizer "Deus", mas escrita de outra maneira, a segunda quer dizer "cabelo-sama" (algo como 'O Chefe do cabelo' - alguém muito bom). Ou seja, resumindo mais um pouco, os aspirantes a cabeleireiro por serem jovens erraram no slogan da loja... Deveriam ter escrito da segunda maneira.]


Não consigo esquecer essas palavras, escritas em linha recta, mesmo agora. De certeza, que o dono daquela loja viveu com aquele lema do 'cliente como deus', até essas palavras serem enterradas na sua alma. Apesar disso, acho que a partir de certa altura, o dono percebeu que estava em risco de se esquecer que estava mal escrito, e então mais uma vez, aquelas mesmas palavras foram escritas... mas mesmo assim [apesar do terrível erro] não consigo aprovar o sermão que todos os dias aquelas pobres criaturas levavam à noite. Pela altura que voltei para casa, fiquei a recordar vezes sem conta o que se tinha passado, e cada vez que o fazia, alguma coisa estava a bater à porta interior da minha cabeça. Sem perceber o que estava para lá da porta, decidi tornar-me um estudante Universitário.

Queria contar a alguém sobre isto. Mas não o fiz. Mesmo que tenha agora, contado esta história muito seriamente, acaba sempre por se tornar uma piada, então quis guardar esta cena bem fundo na minha mente. E, recentemente, finalmente tive a sensação de que eu posso ouvir a voz de tudo o que está por trás daquela porta [a da sua cabeça].

Recentemente, existe uma espécie de pensamento a circular no Japão. E vi-me a concordar com ele: "Coincidências não existem"... Foi o que foi dito num programa de TV. Tudo está ligado com um propósito, existe sempre um significado. Mesmo que isso possa não ser o caso, é mais agradável se eu pensar assim. Talvez aquelas palavras no placar branco, não sejam direccionadas para os estilistas, talvez fosse uma mensagem para mim, para que eu visse que ainda há pessoas que dão aquele erro. Talvez isso fosse algo que bateu na minha porta interior, e que quisesse dizer : "Não existem coincidências neste mundo"...
...
Um amigo meu, que era da minha turma, teve de repetir o ano, então não pôde ver a nossa cerimonia de graduação... [No final daquilo tudo,] ele ficou sem amigos na turma, pois era novo nela, e ao mesmo tempo, foi deixado pela rapariga que gostava... [Para isso] talvez, haja uma explicação lógica, que ambos iremos compreender num futuro distante.

Tal como, o facto de vocês terem acabado de ler um artigo meu.

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[Este artigo estava superrrrr confuso, de modo a que com parentises tentei explicar o máximo que pude...]
O facto é que este artigo "is a mess"... sinceramente... não pude perceber muito disto... principalmente a conversa das coincidencias... O facto é que ao se escrever mal em inglês... ao traduzir em português não posso advinhar o que realmente ele queria dizer.
Acho que ele pensa demais... e saem estas coisas estranhas do seu cérebro... [Bem mais louco do que eu, e as minhas visões do mundo]

De qualquer forma... parece que os outros artigos não são assim tão confusos, esperemos que não.

Yuu~

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